sábado, 7 de junho de 2014

Amizade não se impõe,adquiri-se!






            Pode até parecer desabafo mas o que é uma crônica que outras pessoas irão ler, além de um monólogo mas que poderia ser uma bate papo e que serve de terapia e passatempo. Alfinetadas são coisas lá do tal do estilista "quase ex famoso". Não vou dar nome aos bois. Comigo o buraco é mais embaixo. Existe sim um descontentamento com o ser humano. "Amigos"...Mas então, vamos lá! Eu sempre fui uma boa amiga sem demagogia, porém cometo também meus deslizes, já fiz muita gente chorar ou sofrer. Aliás quem não os fez? Acho que ninguém é bom o tempo todo. E todo mundo tem um lado perverso, as vezes até vingativo. Lá no fundinho, a gente pensa assim, vai ter volta! Ah vai! Só que a gente não precisa se movimentar pra isso, a Lei do retorno é certa. De uma forma ou de outra as coisas voltam pra gente, e dói, ai como dói. E sentir isso na pele, é aquele posicionamento que deveríamos ter desde sempre. Nos colocar no lugar do outro, não fazer aos outros o que não queremos que façam com a gente. E falo isso sem demagogia alguma. Nunca fui santa. Nem quero ser.  Depois que fiquei um pouco desconectada fora das redes sociais, digo: "Facebook", não que eu tenha virado inimiga de quem usa ou da própria rede. Mas percebi o quanto eu perdi tempo, aliás com quanta gente que me relacionei, adicionei e não tenho a menor afinidade ou contato. Tem os contatos de enfeite, tem aqueles que não curtem nada do que você escreve e na verdade, o que nós queremos é ibope!!! Quando uma postagem nossa não é curtida, é o fim. Chega a ser engraçado. Que diferença temos dos reality shows? Afinal, fazemos parte do show business! 
               Ai você percebe que todo mundo tem tempo pra tudo. Menos pra te procurar. Essa é a parte mais triste, uma coisa é certa, eu corro atrás, eu preservo os amigos, mas tem que ser uma via de mão dupla e com o tempo eu percebo que viajo sozinha nessa rota e até mesmo as vezes na contra mão, na esperança de encontrar alguém. Por que ainda sou tempo de que amizade se cativa, se preserva. Existem amizades por ano letivo, que são aquelas da época de escola, existem os de infância que ficam, existem os amigos de infância que nunca mais vemos, existem aqueles que pedimos ou que te pedem dinheiro emprestado e somem. Existem os amigos de "copo". ah...Esses tem aos montes! Existem os se me dão. Os que não fumam, os que não compram nem bancam o próprio vicio, mas "se me dão" eu fumo. Na verdade a vida é um grande jogo de interesses, alguns por pura afinidade, o que é até normal e plausível. E outros porque realmente são convenientes até algum momento. Saber pedir desculpas quando a gente erra, é muito bom! Tentar não errar de novo também. Mas recuperar a confiança é um trabalho árduo e as duas partes tem que ceder. Que mania que nossa geração agora tem de forçar amizade. Mal conhecemos alguém, que é amigo do amigo, do amigo, da amiga, e lá vai você adicionar. Achando que são almas gêmeas. E aí você vai percebendo que as pessoas tem outras prioridades. E que se você está fora da rede, acaba ficando um pouco esquecido, afinal, quem não é visto não é lembrado. É sério isso? Temos que nos fazer presentes? Dizer...Ei...Tô aqui! Alguém por aí? Alguém me ouve? Alguém me lê? Me curte? Me compartilha? 
              Isso não é um discurso carente. São constatações. Sempre fui uma grande observadora e há muitos anos quando eu ainda era uma adolescente. Descobri Machado de Assis e escrevi uma crônica sei lá, com quinze anos. Crônica é até pretensioso da minha parte. Um texto simples, mas que nele eu mencionava uma frase de Machado. "Felizes são os cães, que pelo faro descobrem os verdadeiros amigos." Na próxima vida quero vir cachorro, e não preciso ter pedigree não. Qualquer vira-lata tem um vida melhor que a nossa. A amizade também é uma viagem. Aqueles que não ficaram. Valeu pela carona. Adeus amigos!!!

Um comentário:

  1. Hoje em dia as redes sociais e a tecnologia afastaram as pessoas e uniram as coisas.
    Pouco se fala de sentimento, apenas do momento.
    O valor das pessoas praticamente não existe.
    E já dizia uma Confúcio: "Para conhecermos os amigos é necessário passar pelo sucesso e pela desgraça. No sucesso, verificamos a quantidade e, na desgraça, a qualidade."

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